No mundo ideal, a melhor forma de comprar um carro é investir para adquiri-lo à vista. Mas, para poupadores indisciplinados, que não têm dinheiro suficiente nem pressa para ter o veículo, fazer um consórcio é mais vantajoso do que financiar.
Ao fazer esse tipo de negócio, o consumidor entra em um grupo, administrado por uma empresa, que se reúne com o objetivo de formar uma poupança. Os integrantes pagam parcelas mensais e, a cada mês, um deles é sorteado e recebe a chamada “carta de crédito” para adquirir o bem, normalmente um carro ou um imóvel.
Se quiser antecipar a sua vez, a cada mês o comprador pode dar um lance, ou seja, antecipar parcelas. Quem der o lance mais alto leva o carro. Diferente de um financiamento, no consórcio o consumidor não paga juros. A taxa média de juros em financiamentos de automóveis em julho foi de 29% ao ano, segundo o Banco Central.
Em vez de juros, no consórcio o consumidor paga uma taxa de administração, em um período de cinco anos, prazo médio dos consórcios, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Ou seja, em média, a taxa de juros do financiamento custa mais que a taxa de administração do consórcio. Assim como em um financiamento, o custo total das taxas de administração dependerá do prazo de pagamento.
Para quem não tem o hábito de poupar, o consórcio é uma forma de fazer uma poupança forçada para realizar o sonho, e essa é sua principal vantagem. Assim, o consórcio funciona como uma poupança para quem tem um objetivo definido, mas não fornece rentabilidade. Sua essência é o planejamento financeiro.
O consórcio é para quem não precisa do bem imediatamente e por isso tem um custo menor. As pessoas substituem o imediatismo do consumo pelo planejamento financeiro.
O passo a passo de um consórcio
- Escolha uma das 160 administradoras autorizadas pelo Banco Central
- Confira o ranking por índice de reclamações
- Compare taxas de administração cobradas e prazos de pagamento oferecidos.
- Antes de assinar o contrato, leia com atenção todas as cláusulas.
- Escolha o valor do crédito com o qual você quer ser contemplado no final e o prazo de pagamento, conforme o valor da parcela mensal que você pode pagar.
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Fonte: Revista Exame e ABAC